Existência viva: a emergência de fenômenos não existenciais na experiência do sono sem sonho.

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Róbson Ramos dos Reis

Resumo

No presente artigo, examino o problema da emergência de fenômenos não existenciais no campo da existência histórica. De acordo com o pluralismo ontológico hermenêutico esboçado na ontologia fundamental de Ser e Tempo, vida e existência correspondem a dois modos de ser irredutíveis. A partir de resultados da recente ciência do sono, ressaltarei a relevância de uma indicação formal, formulada por Heidegger nos Conceitos fundamentais da metafísica, para a explicitação dos compromissos ontológicos implicados na interpretação da experiência fenomênica no estágio do sono profundo sem sonho. Tomando por base os conceitos de sentimento existencial e sentimento corporal, apresentarei a interpretação da experiência no sono sem sonho como sendo o sentimento de estar vivo. Essa interpretação conduz à conclusão de que os compromissos ontológicos implicados no sono sem sonho alcançam o nível metaontológico, sugerindo a necessidade de elaborar uma mereologia dinâmica de modos de ser.

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Biografia do Autor

Róbson Ramos dos Reis, Universidade Federal de Santa maria (UFSM)

Possui graduação em Licenciatura Plena Em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Maria (1985), mestrado em Filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1992) e doutorado em Filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1994). Atualmente é Professor Titular da Universidade Federal de Santa Maria. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em Fenomenologia, atuando principalmente nos seguintes temas: Heidegger, fenomenologia, ontologia, hermenêutica e filosofia alemã, fenomenologia aplicada. Vinculo formal, sem relação empregatícia ou funcional, com a Universidade Federal de São Paulo, Campus Guarulhos, Departamento de Filosofia, para realizar atividades de coordenação do Colóquio Heidegger.