Chorar nossos mortos

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Tito Marques Palmeiro

Resumo

Dois eventos de dimensão mundial se produziram na passagem de 2019 para 2020: a pandemia da COVID-19 e uma profusão de textos a seu respeito. Este artigo se inscreve no esforço atualmente em curso de compreensão da pandemia, mas interroga igualmente como se pode falar de seu acontecimento singular entre nós. No Brasil, mais que em qualquer outro país, a pandemia ficou subordinada à política. Este texto segue outra via de interpretação, que pode ser resumida em duas perguntas dirigidas a seus possíveis leitores: a possibilidade de chorar nossos mortos dependerá de algo tão inesperado quanto de textos escritos? Para que possamos homenageá-los, a distância da poesia será mais portadora de sentido que a imediaticidade da política?

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Artigos
Biografia do Autor

Tito Marques Palmeiro, Departamento de Filosofia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Professor adjunto do departamento de filosofia da UERJ. Tem experiência na áreas de filosofia contemporânea, história da filosofia, metafísica e estética. Possui graduação em engenharia eletrônica pela UFRJ (1986), especialização em história da arte pela PUC-RJ (1990), mestrado (1993) e doutorado em filosofia pela PUC-RJ (1998). Realizou estágio de doutorado sandwich na Paris IV - Sorbonne (1995-1996) e pós-doutorado pelo PNPD/CAPES no programa de pós-graduação em filosofia da PUC-RJ (2013-2015)