Spinoza collectif: la double écriture de la Préface aux Opera Posthuma

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Maxime Rovere

Resumo

Cet article étudie le spinozisme comme une philosophie collective, à partir d’une comparaison entre les deux versions de la préface aux oeuvres posthumes – Opera Posthuma – de Spinoza (1677). Après une discussion sur l’attribution de la version néerlandaise à Jarig Jellesz (1619 ou 1620 - 1683) et de la version latine à Lodewijk Meyer (1629 - 1681), il montre que les menues différences entre les deux textes témoignent des tensions problématiques, notamment concernant le statut ontologique de la connaissance et le rapport entre philosophie et religion, contribuant à penser le spinozisme comme la philosophie d’un groupe - dans ce cas, Jellesz, Spinoza, Meyer - et à comprendre les relations interpersonnelles comme les sujets de la production d’idées.
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Spinoza coletivo: a dupla escrita do Prefácio à Opera Posthuma
Este artigo estuda o spinozismo como uma filosofia coletiva, a partir de uma comparação entre as duas versões do prefácio para a edição das obras postúmas – Opera Posthuma – de Spinoza (1677). Após uma discussão sobre a atribuição da versão holandesa a Jarig Jellesz (1619 ou 1620 - 1683) e da versão latina a Lodewijk Meyer (1629-1681), ele mostra que as pequenas diferenças entre os dois textos testemunham as tensões problemáticas nas áreas da ontologia e da relação com o campo religoso, e permitem pensar a filosofia de Spinoza como a de um grupo - neste caso, Jellesz, Spinoza, Meyer - e entender a relação interpessoal como o sujeito da produção das ideias.
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Original em francês.

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Seção
Artigos
Biografia do Autor

Maxime Rovere, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)

Possui Mestrado em História da Arte pela École du Louvre (1998), Mestrado em Estética e Filosofia das Artes pela Université Paris I-Panthéon Sorbonne (1997), Agrégation em Filosofia pela École Normale Supérieure (Paris, 1999), e Doutorado em História da Filosofia na École Normale Supérieure (Lyon, 2006). Foi Professor Visitante na UPNG (Port-Moresby, Papua Nova-Guinea, 2002-2003) e moniteur na École Normale Supérieure (Lyon, 2004-2007). Tem experiência na área da Filosofia, com ênfase em História da Filosofia Moderna, Racionalismo, Spinoza, História dos círculos intelectuais e da circulação de ideias.