As conversões de Friedrich Schlegel: filosofia política como mística do tempo

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Fabiano Lemos

Resumo

Ao se converter ao catolicismo, em 1808, Friedrich Schlegel, figura central do Romantismo de Jena, assumiu posições políticas e filosóficas muito diferentes daquelas desenvolvidas em seus textos anteriores. Este artigo investiga se e sob que condições podemos ainda supor certas continuidades epistemológicas e ideológicas entre os dois períodos. Para tanto, é abordada a complexidade da filosofia da história veiculada através da própria ideia de conversão e se tenta mostrar que, a partir dela, o esforço de leitura retrospectiva da história empreendido pelo próprio Schlegel em muitos de seus textos tardios ilustra a questão do destino do Romantismo alemão.

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