Notes on the nature of logic: an enactivist proposal
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Resumo
Critics often defend that radical enactivism (REC) cannot scale up to explain more sophisticated cognitive activities as in logic and mathematics, which are often held to be constituted by representations. The naturalization of cognition proposed by this theory is then taken to be limited in scope. In order to offer a solution to the scope objection against it, I investigate how REC might be related to a broader pragmatist approach to examine the normativity of logic in the context of the existence of a great plurality of alternative logics. To tackle this problem, I aim at defending a comprehensive enactivist philosophical proposal based on the normativity of our ruled inferential practices. Accordingly, I defend an account of some important connections between logic and normativity, which refuses traditional representationalist, individualist, internalist and intellectualist views of logic and focuses on dynamic and embodied ruled interactions among cognitive agents with their environment. The interpretation to be developed here is that rational obligation should be taken as a normative obligation that binds us together and, in particular, that logical necessity should be taken as a kind of normative coercion, based on normative notions such as rules, authorizations, prohibitions and commitments. If logic, with several different non-classical systems, is mainly normative, and not descriptive, it is possible to naturalize it, meaning that logic is not a real challenge to REC.
NOTAS SOBRE A NATUREZA DA LÓGICA: UMA PROPOSTA ENATIVISTA
Os críticos muitas vezes defendem que o enativismo radical (REC) não pode ser ampliado para explicar atividades cognitivas mais sofisticadas como na lógica e na matemática, que muitas vezes são consideradas constituídas por representações. A naturalização da cognição proposta por essa teoria é então tida como de escopo limitado. A fim de oferecer uma solução para a objeção de escopo contra ela, investigo como a REC pode estar relacionada a uma abordagem pragmatista mais ampla para examinar a normatividade da lógica no contexto da existência de uma grande pluralidade de lógicas alternativas. Para enfrentar esse problema, pretendo defender uma proposta filosófica enativista abrangente baseada na normatividade de nossas práticas inferenciais pautadas. Assim, defendo um relato de algumas conexões importantes entre lógica e normatividade, que recusa visões tradicionais representacionalistas, individualistas, internalistas e intelectualistas da lógica e se concentra em interações dinâmicas e governadas entre agentes cognitivos com seu ambiente. A interpretação a ser desenvolvida aqui é que a obrigação racional deve ser tomada como uma obrigação normativa que nos une e, em particular, que a necessidade lógica deve ser tomada como uma espécie de coerção normativa, baseada em noções normativas como regras, autorizações, proibições e compromissos. Se a lógica, com vários sistemas não clássicos diferentes, é principalmente normativa, e não descritiva, é possível naturalizá-la, significando que a lógica não é um verdadeiro desafio para o REC.
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