Do instante à ek-stase: a mudança na teoria do tempo em Sartre

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Fernanda Alt

Resumo

Este artigo pretende mostrar a mudança que ocorre na teoria do tempo de Jean-Paul Sartre no fim dos anos 1930. Tal mudança consiste numa reconsideração da teoria da temporalidade sartriana, até então instantaneísta, para uma concepção ek-stática, influenciada pela leitura de Ser e Tempo de Heidegger. Consideramos que evidenciar esta mudança é extremamente importante, não somente porque nos auxilia a identificar uma periodização que nem sempre é indicada nos estudos sartrianos, mas principalmente pelo fato de que tal transformação teve um papel fundamental na elaboração da ontologia de O Ser e o Nada, sobretudo no que diz respeito à estrutura da facticidade e às análises sobre o passado. Além disso, tal investigação permite entrever de forma concreta a influência decisiva da filosofia heideggeriana no pensamento de Sartre.


 

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Biografia do Autor

Fernanda Alt, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) / PARIS 1 Panthéon-Sorbonne

Doutora em Filosofia pela UERJ (com bolsa CAPES) e Paris I Panthéon-Sorbonne (Co-tutela). Mestre em Psicologia Social pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro com auxílio CAPES. Possui graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Tem experiência clínica e docente na área de Psicologia fenomenológica-existencial e concentra sua pesquisa na área da Fenomenologia, com foco no pensamento de Jean-Paul Sartre.