Desvios de uma escolha original: Foucault e as políticas da filosofia
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Resumo
Seria a filosofia só mais uma disciplina do currículo ou uma escolha original? Esse artigo discute alegações de Foucault na década de 70, especialmente em entrevistas, em que define o que são a filosofia, o filósofo e suas relações, i.e., quais as políticas da filosofia. Para tanto, recorre-se aqui a improvisos do autor sobre assunto: o programa de filosofia aparece como sonhado fantasticamente por um “Borges chinês”; a formação inovadora na universidade de Vincennes seria uma “armadilha”; haveria filósofos, mas não filosofia; ela teria perdido seu poder subversivo ou seu caráter de escolha original em determinadas sociedades. Ao discutir os caminhos dessa reflexão revigorante, sugerimos como ele escapa de diversas armadilhas e enfatiza a importância de se pensar politicamente o que é a filosofia. Por fim, espera-se com essa leitura avançar menos na direção de uma definição cabal de filosofia e mais em defender sua prática como uma atividade autônoma, sui generis, responsável pela resistência social da arte de refletir.
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